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26 de out. de 2013

MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO

MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO



Métodos de Alfabetização-Quais são e como funcionam?


 



O melhor método para a alfabetização é um discussão antiga entre os especialistas no assunto e também entre os pais quando vão escolher um escola para seus filhos começaram a ler as primeiras palavras e frases. No caso brasileiro, com os elevados índices de analfabetismo e os graves problemas estruturais na rede pública de ensino, especialistas debatem qual seria o melhor método para revolucionar, ou pelo menos, melhorar a educação brasileira. Ao longo das décadas, houve uma mudança da forma de pensar a educação, que passou de ser vista da perspectiva de como o aluno aprende e não como o professor ensina.


São muitas as formas de alfabetizar e cada uma delas destaca um aspecto no aprendizado. Desde o método fônico, adotado na maioria dos países do mundo, que faz associação entre as letras e sons, passando pelo método da linguagem total, que não utiliza cartilhas, e o alfabético, que trabalha com o soletramento, todos contribuem, de uma forma ou de outra, para o processo de alfabetização.



Qual é o melhor método?

Neste artigo, você vai conhecer os métodos de alfabetização mais utilizados, como funcionam, quais são as vantagens e desvantagens de cada um deles, além da orientação dos Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua Portuguesa, adotados pelo governo federal.

A proposta deste artigo não é apontar o melhor método de alfabetização, até porque os educadores e especialistas não têm um consenso sobre o tema. Pretendemos apenas mostrar as características de cada método para que os pais conheçam mais profundamente o método que está sendo aplicado na educação de seus filhos.


Método Sintético

O método sintético estabelece uma correspondência entre o som e a grafia, entre o oral e o escrito, através do aprendizado por letra por letra, ou sílaba por sílaba e palavra por palavra.

Os métodos sintéticos podem ser divididos em três tipos: o alfabético, o fônico e o silábico. No alfabético, o estudante aprende inicialmente as letras, depois forma as sílabas juntando as consoantes com as vogais, para, depois, formar as palavras que constroem o texto.

No fônico, também conhecido como fonético, o aluno parte do som das letras, unindo o som da consoante com o som da vogal, pronunciando a sílaba formada. Já no silábico, ou silabação, o estudante aprende primeiro as sílabas para formar as palavras.

Por este método, a aprendizagem é feita primeiro através de uma leitura mecânica do texto, através da decifração das palavras, vindo posteriormente a sua leitura com compreensão.

Neste método, as cartilhas são utilizadas para orientar os alunos e professores no aprendizado, apresentando um fonema e seu grafema correspondente por vez, evitando confusões auditivas e visuais.

Como este aprendizado é feito de forma mecânica, através da repetição, o método sintético é tido pelos críticos como mais cansativo e enfadonho para as crianças, pois é baseado apenas na repetição e é fora da realidade da criança, que não cria nada, apenas age sem autonomia.


• Método Analítico

O método analítico, também conhecido como “método olhar-e-dizer”, defende que a leitura é um ato global e audiovisual. Partindo deste princípio, os seguidores do método começam a trabalhar a partir de unidades completas de linguagem para depois dividi-las em partes menores. Por exemplo, a criança parte da frase para extrair as palavras e, depois, dividi-las em unidades mais simples, as sílabas.

Este método pode ser divido em palavração, sentenciação ou global. Na palavração, como o próprio nome diz, parte-se da palavra. Primeiro, existe o contato com os vocábulos em uma sequência que engloba todos os sons da língua e, depois da aquisição de um certo número de palavras, inicia-se a formação das frases.

Na sentenciação  a unidade inicial do aprendizado é a frase, que é depois dividida em palavras, de onde são extraídos os elementos mais simples: as sílabas. Já no global, também conhecido como conto e estória, o método é composto por várias unidades de leitura que têm começo, meio e fim, sendo ligadas por frases com sentido para formar um enredo de interesse da criança. Os críticos deste método dizem que a criança não aprende a ler, apenas decora.


Método Alfabético

Um dos mais antigos sistemas de alfabetização, o método alfabético, também conhecido como soletração, tem como princípio de que a leitura parte da decoração oral das letras do alfabeto, depois, todas as suas combinações silábicas e, em seguida, as palavras. A partir daí, a criança começa a ler sentenças curtas e vai evoluindo até conhecer histórias.

Por este processo, a criança vai soletrando as sílabas até decodificar a palavra. Por exemplo, a palavra casa soletra-se assim c, a, ca, s, a, sa, casa. O método Alfabético permite a utilização de cartilhas.

As principais críticas a este método estão relacionadas à repetição dos exercícios, o que o tornaria tedioso para as crianças, além de não respeitar os conhecimentos adquiridos pelos alunos antes de eles ingressarem na escola.
O método alfabético, apesar de não ser o indicado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, ainda é muito utilizado em diversas cidades do interior do Nordeste e Norte do país, já que é mais simples de ser aplicado por professores leigos, através da repetição das Cartas de ABC, e na alfabetização doméstica.



• Método Fônico

O método fônico consiste no aprendizado através da associação entre fonemas e grafemas, ou seja, sons e letras. Esse método de ensino permite primeiro descobrir o princípio alfabético e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico próprio de sua língua, através de textos produzidos especificamente para este fim.

O método é baseado no ensino do código alfabético de forma dinâmica, ou seja, as relações entre sons e letras devem ser feitas através do planejamento de atividades lúdicas para levar as crianças a aprender a codificar a fala em escrita e a decodificar a escrita no fluxo da fala e do pensamento.

O método fônico nasceu como uma crítica ao método da soletração ou alfabético. Primeiro são ensinadas as formas e os sons das vogais. Depois são ensinadas as consoantes, sendo, aos poucos, estabelecidas relações mais complexas. Cada letra é aprendida como um fonema que, juntamente com outro, forma sílabas e palavras. São ensinadas primeiro as sílabas mais simples e depois as mais complexas.

Visando aproximar os alunos de algum significado é que foram criadas variações do método fônico. O que difere uma modalidade da outra é a maneira de apresentar os sons: seja a partir de uma palavra significativa, de uma palavra vinculada à imagem e som, de um personagem associado a um fonema, de uma onomatopéia ou de uma história para dar sentido à apresentação dos fonemas. Um exemplo deste método é o professor que escreve uma letra no quadro e apresenta imagens de objetos que comecem com esta letra. Em seguida, escreve várias palavras no quadro e pede para os alunos apontarem a letra inicialmente apresentada. A partir do conhecimento já adquirido, o aluno pode apresentar outras palavras com esta letra.

Os especialistas dizem que este método alfabetiza crianças, em média, no período de quatro a seis meses. Este é o método mais recomendado nas diretrizes curriculares dos países desenvolvidos que utilizam a linguagem alfabética.

A maior crítica a este método é que não serve para trabalhar com as muitas exceções da língua portuguesa. Por exemplo, como explicar que cassa e caça têm a mesma pronúncia e se escrevem de maneira diferente?
por: Por Christianne Visvanathan
FONTE: http://mundinhodacrianca.blogspot.com.br
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Gutierrez, Francisco. Linguagem Total - Uma pedagogia nos meios de comunicação. São Paulo: Summus Editorial, 1994.
KRAMER, S. Alfabetização, leitura e escrita : formação de professores em curso. Rio de Janeiro:Escola de Professores, 1995.
SMOLKA, A.L. A criança na fase inicial da escrita. São Paulo:Cortez, 1988.
SOARES, M.B. Linguagem e escola. São Paulo: Ática, 1988.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo:Martins Fontes, 1989.
RUSSO, M.F.VIAN, Maria I. Alfabetização: um processo em construção. São Paulo: Saraiva, 1996.
FONTE: http://pessoas.hsw.uol.com.br/metodo-de-alfabetizacao.htm


MINICURSO

TEMA: Falando de Alfabetização e Letramento no Ciclo da Alfabetização (1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental)




PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
 ALFABETIZAÇÃO NO TEMPO CERTO

Encontro de Formação da Equipe Regional do PIP Municipal

MINICURSO
TEMA: Falando de Alfabetização e Letramento no Ciclo da Alfabetização (1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental)  

   

1- OBJETIVOS:
1.1- Possibilitar à equipe regional do PIP Municipal a reflexão e o alinhamento sobre os conceitos de: alfabetização, letramento, organização do Ciclo da Alfabetização e a progressão continuada.
1.2-Identificar as vantagens e as limitações de cada método de alfabetização refletindo sobre pressupostos metodológicos importantes para a alfabetização e letramento.

1.3 – Apresentar os Cadernos “Orientações para a organização do Ciclo da Alfabetização” da SEE/MG, elaborados pelo CEALE.
1.4- Apresentar e discutir a Matriz Curricular do Ciclo da Alfabetização e sua importância para nortear o trabalho nos três primeiros anos do Ensino Fundamental.

2-  ORGANIZAÇÃO DO MINICURSO
Data:                                                                                         Duração: 4 horas

4- ATIVIDADES A SEREM REALIZADAS
1º momento - Duração: 45 minutos
TEMA: Discutindo conceitos de Alfabetização e Letramento e a importância do Ciclo da Alfabetização.

Dinâmica-Batata quente
Os cursistas participarão da dinâmica adaptada da” Batata quente”.
Uma caixinha contendo balas circulará pela sala de mãos em mãos ao som de uma música. Ao parar a música o participante que estiver com a caixinha pegará uma bala e deverá responder uma pergunta que será feita pelo coordenador do curso. O restante da turma, se necessário, poderá contribuir com a resposta.
 A cada pergunta realizada, depois de respondida pelo(s) participante(s), o coordenador apresentará em PowerPoint os conceitos de acordo com a proposta da SEE.
Segue-se com a música, fazendo a mesma sequência anterior, até serem discutidas as perguntas propostas.

Perguntas:

1 - O que é Alfabetização?
2 - O que é Letramento?
3 - O que é alfabetizar letrando?
4 - O que você entende por ambiente alfabetizador?
5 - Seu município adotou a organização em Ciclo? O que você entende por  Ciclo?
6 - O que é progressão continuada?
7 – A progressão continuada pode existir na organização em séries?
8 - Qual a meta prioritária do Ciclo da Alfabetização?
9 - Quais os objetivos previstos para serem alcançados no 1º ano Ciclo da Alfabetização?
10 - Quais os objetivos previstos para serem alcançados no 2º ano Ciclo da Alfabetização?
11 - Quais os objetivos previstos para serem alcançados no 3º ano Ciclo da Alfabetização?



2º momento - Duração: 45 minutos
TEMA: Conhecendo as possibilidades e os limites dos diferentes Métodos de Alfabetização.

Será feito em PowerPoint uma breve exposição dialogada sobre Pressupostos Metodológicos importantes para a alfabetização e letramento.


Em seguida será realizada atividade em dupla ou grupos (de acordo com o espaço disponibilizado) sobre as vantagens e limitações dos métodos tradicionais de alfabetização.

Desenvolvimento:
a) O facilitador deverá organizar a sala em dupla ou grupos numerados.
Importante: Cada grupo deverá eleger um representante que ficará responsável pela leitura da atividade, pela otimização do tempo e pela apresentação do trabalho.
b) O grupo receberá o organograma denominado “Métodos de Alfabetização” (Anexo III) que deverá ser preenchido na sequência correta.
c) Para o preenchimento correto do organograma, o grupo deverá ler as dicas que constam no Anexo I.
d) Deverá relacionar as dicas – Anexo I - com os itens que completam o organograma - Anexo II.
Observação: As letras do organograma devem corresponder às letras das dicas e encontrar resposta no Anexo II.
e) Após discussão, os participantes deverão preencher o Anexo III.
f) Após o trabalho em grupo, em plenária, o facilitador vai conduzir a construção do organograma, em PowerPoint, com a participação, de todos os grupos.
- Cada grupo (ou dupla) ficará responsável pela apresentação de dois ou mais itens na construção do organograma final.
- Cabe ao facilitador ressaltar as possibilidades de complementação dos aspectos deficitários da abordagem de cada método.



3º momento- Duração: 20 minutos
TEMA: Apresentação dos Cadernos “Orientações para a organização do Ciclo da Alfabetização” da SEE/MG, elaborados pelo CEALE.

Será feito em PowerPoint uma breve exposição da coleção, indicando o que cada caderno apresenta. Serão disponibilizados os cadernos para manuseio dos participantes.


4º momento - Duração: 1 hora e 40 minutos

Exposição dialogada apresentando a Matriz Curricular do Ciclo de Alfabetização (1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental):
- Apresentar a estrutura da matriz Curricular (trabalho com os eixos, capacidades e abordagem didática - introduzir, trabalhar, consolidar e retomar-)
- Discutir o detalhamento de algumas capacidades da Matriz Curricular.

- Refletir sobre a importância do entendimento, por parte do professor, de cada capacidade proposta para o Ciclo de Alfabetização (03 primeiros anos do Ensino Fundamental).

- Detalhar sobre a importância do trabalho articulado envolvendo os cinco eixos da Alfabetização.



Anexo I: Dicas de preenchimento do organograma

A
Corresponde ao item que nomeia o método que elege como unidade o fonema, ressaltando as relações diretas entre a cadeia sonora e a representação escrita.
B
Corresponde ao item que nomeia o método que toma como unidade mínima as sílabas e as reorganiza para compor novas palavras.
C
Corresponde ao item que nomeia o método que prioriza o ensino do alfabeto e a identificação de letra por letra para o reconhecimento de sílabas e palavras.
D
Corresponde ao item que nomeia o método que elege, como unidade, o texto, por considerá-lo uma unidade que leva à compreensão.
E
Corresponde ao item que nomeia o método que dá ênfase à palavra. Essas palavras são apreendidas globalmente e por reconhecimento e, posteriormente, são decompostas em sílabas.
F
Corresponde ao item que nomeia o método cuja unidade é a sentença que deve ser reconhecida globalmente e compreendida e, posteriormente, decomposta em palavras e  em sílabas.
G
Corresponde ao item que nomeia a vertente que valoriza o processo de síntese, ou seja, parte de unidades menores do que a palavra, como a letra, o fonema, a sílaba.
H
Corresponde ao item cujo nome é da vertente que valoriza o processo de análise e compreensão de sentido, propondo uma progressão diferenciada de unidades mais amplas (palavra, frase, texto) para unidades menores (sílabas ou sua decomposição em grafemas e fonemas).
I
Corresponde a 3 itens que  apresentam   as  vantagens dos Métodos Sintéticos.
J
Corresponde a 6 itens que  apresentam as limitações dos Métodos Sintéticos.
K
Corresponde a 4 itens que  apresentam   as vantagens dos Métodos Analíticos.
L
Corresponde a 4 itens que  apresentam as limitações dos Métodos Analíticos.


Anexo II: Itens que completam o organograma,




1
Estímulo para que as crianças possam ler unidades com sentido, mesmo que apenas pelo reconhecimento global, desde o início de sua escolarização.
13
Se não houver uma correta orientação, corre-se o risco de o aluno utilizar o recurso da memorização sem observar que as palavras são compostas de unidades menores.
2
ALFABÉTICO
14
Apresenta uma linguagem que se aproxima  mais de seu uso efetivo do que nos outros métodos, porque  não dissocia a forma do significado.
3
Demonstram rigidez no controle das aprendizagens e tendem a priorizar apenas a decodificação, com pouca      ênfase no sentido dos textos.
15
Se aplicado de forma absoluta, acaba enfatizando construções artificiais e repetitivas de palavras, frases e textos, apenas a serviço da repetição e da memorização, com o objetivo de manter controle mais rígido da sequência do processo e das formas de interação gradual da criança com a escrita.
4
Trabalham com uma habilidade muito importante na leitura: o reconhecimento global e rápido das palavras.
16
SINTÉTICO
5
GLOBAL DE CONTOS
17
Não exploram as complexas relações entre fala e escrita, suas semelhanças e diferenças.
6
Aborda uma dimensão importante e necessária para aprendizagem da escrita: análise entre fonemas (“sons” ou unidades sonoras) e grafemas (“letras” ou grupo de letras)
18
Oferece facilidade para a codificação e decodificação.
7
Se não houver uma correta orientação, pode dificultar a leitura com sentido, quando o texto apresentar palavras completamente novas.
19
SILÁBICO
8
ANALÍTICO
20
Se aplicado de forma absoluta, acaba enfatizando construções artificiais e repetitivas de letras, sílabas e fonemas, apenas a serviço da repetição e da memorização.
9
Ênfase na compreensão, no sentido e em ações inteligentes de busca de leitura como fonte de prazer e informação.
21
SENTENCIAÇÃO
10
Desconsidera os usos e funções sociais da escrita.
22
Promove o desenvolvimento da consciência fonológica.
11
PALAVRAÇÃO
23
Enfatiza a leitura mecânica, à medida que se ocupa de situações artificiais de treinamento de letras, fonemas ou sílabas.
12
Oferece como objeto de estudo elementos fonéticos, os quais, são destituídos de significados, podem levar o aluno ao desinteresse.
24

FÔNICO











2 comentários:

Elaine disse...

Quais as respostas dos anexos I e anexos II

Elaine disse...

Quais as respostas dos anexos I e anexos II

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