Pacto
Nacional pela Alfabetização na Idade Certa
Greice Patricio
Zeferino de Amorim Data: 10-05-13.
As rotinas da escola e da sala de aula: referências para a organização
do trabalho do professor
alfabetizador.
A organização do trabalho
pedagógico precisa envolver um conjunto de procedimentos que, intencionalmente,
devem ser planejados para
serem executados durante certo período de tempo, tomando como referência as
práticas sociais/culturais dos sujeitos envolvidos, suas experiências.
As crianças aprendem, através
dessas rotinas, a prever o que fará na escola e a organizar-se. Por outro lado,
a existência dessas rotinas possibilita ao professor distribuir com maior
facilidade as atividades que ele considera importantes para
a construção dos conhecimentos.
Podemos observar algumas
atividades que podem ser observadas na divisão de uma rotina escolar:
Atividades permanentes
São as atividades regulares:
diárias, semanais ou quinzenais. Essas atividades tem como finalidade uma
aproximação maior com um tema, um gênero textual, o desenvolvimento de habilidades, momentos de entretenimento e
fruição. Ex. rodas de conversa, calendário, hora da leitura, calendário, hora
da brincadeira, aula sem laboratórios, biblioteca, notícia da hora, avaliação
do dia e da semana...
Sequências didáticas
Pressupõe um trabalho organizado,
com conteúdos/objetivos específicos, a ser realizado durante um determinado
período estruturado pelo professor. No ensino da língua, a sequência didática
busca romper com práticas que tratam a leitura, a produção de textos e os
conhecimentos linguísticos como momentos estanques e isolados, com
sobreposições de exercícios e atividades soltas, descontextualizadas.
Projetos didáticos
É um trabalho mais articulado,
com objetivos de maior alcance, que envolve outros componentes curriculares,
dimensionamento do tempo, divisão de tarefas, produto final e avaliação. Pode
envolver toda a escola ou grupos de alunos de diferentes turmas/anos escolares.
A organização de uma rotina que privilegia a
sistematização do trabalho da alfabetização de modo a contemplar os diferentes
eixos de ensino da língua, por meio de um planejamento construído com base na
realidade de cada aluno e escola, pode favorecer a construção e a realização de
atividades que ajudam a promover a autonomia e a criatividade dos alunos no
mundo da leitura e escrita.
ROTEIRO DA SEQUENCIA DIDÁTICA:
Ø * Elaborar
e resolver problemas aditivos envolvendo os significados de juntar e
acrescentar quantidades;
Ø * Elaborar
e resolver problemas envolvendo os significados de retirar, separar, comparar
e completar quantidades;
Ø Utilizar
cálculo mental ou outras estratégias pessoais para resolver a problemática do
jogo;
Ø * Reconhecer
e diferenciar os sinais de + (mais), - (menos) e – (igual).
Língua Portuguesa:
Ø * Produzir textos de diferentes gêneros, atendendo
a diferentes finalidades, por meio da atividade de um escriba;
Ø * Participar de interações orais em sala de aula, questionando,
sugerindo, argumentando e respeitando os turnos de fala;
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM/ DIREITOS DE APRENDIZAGEM
Matemática:
Ø * Associar
a denominação de número a sua respectiva representação simbólica;
Ø * Resolver
situações matemáticas e operações que envolvam adição (+) e subtração (-) e
identificação de seus símbolos;
Língua Portuguesa:
Ø * Criar
coletivamente o manual de um jogo;
Ø * Reconhecer e identificar os elementos que compõem
o manual de um jogo.
MATERIAL
UTILIZADO:
Ø 1- Quadro de pregas
Ø 2- Fichas com números e
símbolos
ESTRATÉGIA/
SEQUENCIA METODOLÓGICA:
Ø ☺ Formação de círculo com as carteiras;
Ø ☻ Colar o quadro de
pregas com fita adesiva na parede;
Ø ♥ Colocar as fichas
separadas por cores numa mesinha em frente ao quadro de pregas;
Ø ♦ Uma criança por vez terá a oportunidade de
participar tirando uma ficha de cada monte de cor, armar e resolver a sua
operação, as demais fiscalizam para ver se está correto.
REGISTRO DA AULA:
A ideia inicial era de realizar a sequencia
didática através de um jogo utilizando dados gigantes, como não consegui os
materiais necessários para a confecção dos dados fiz algumas alterações e
adaptações para a realização da sequencia. Nós professores, temos que estar
sempre atentos a certas dificuldades que possam aparecer e prontos para fazer
eventuais alterações em nosso planejamento a fim de atingir determinado
objetivo.
Confeccionei cartelas de EVA com números e
símbolos (=, - e =) para realizar um jogo de operações envolvendo adição e
subtração.
Uma criança por vez foi até a mesa onde estavam
as fichas em montes separados pela cor e pegou de cada monte uma ficha e foi
montando a operação no quadro de pregas.
Primeiro a criança tirou uma ficha do monte vermelho
contendo números de 0 a 10, depois do monte lilás contendo os sinais de +
(mais) ou de – (menos), tirou uma ficha do monte verde com números de 0 a 10,
no monte marrom sinal de = (igual). À medida que ia tirando as fichas o
participante as fixava no quadro de pregas e finalmente observava a operação
formada e após verificar se era “continha de mais ou de menos”, procurou a
resposta nas fichas laranja com números de 0 a 20. Todas as fichas estavam
viradas para baixo exceto as de cor laranja.
Com esse jogo foi trabalhado a adição e a
subtração, o reconhecimento e utilização dos sinais (mais +, menos – e
igual). Foi incentivado o cálculo mental assim como qualquer outra estratégia
pessoal para realizar a atividade. Todas as crianças participaram do jogo com
entusiasmo.
Aproveitei para mostrar que na subtração, quando
o número da primeira parcela (número da frente) era menor que o da segunda
parcela, não dava para realizar a subtração (de números inteiros). Mostrei
que o primeiro número tem que ser maior do que o número da segunda parcela.
Mostrei assim no concreto (usando pecinhas de montar), que se tenho seis
pecinhas não posso dar dez pecinhas para alguém. Mostrei que na adição não
importava a ordem dos números (o famoso “a ordem dos fatores não altera o
produto”), é claro que não me prendi a teorias com os pequenos e sim às
noções principais. Achei que embora sendo um pouco difíceis esses conceitos
(para as crianças), foi importante serem abordados e trabalhados não só com
os números mas principalmente através do concreto. Pretendo realizar mais
atividades assim e em forma de situações matemáticas envolvendo adição e
subtração.
Outro dia sorteei algumas crianças para jogar
novamente, a fim de relembrarmos toda dinâmica do jogo e observarmos os
elementos utilizados. Mostrei a caixa de jogos em que as crianças já estão
bem familiarizadas expliquei que cada jogo tinha a suas regras e que as
mesmas estavam descritas num manual mostrei o manual dos jogos e li o manual
de um dos jogos.
Expliquei que uma das utilidades de saber ler é
para entendermos um manual e podermos brincar com alguns jogos. Mostrei os
elementos que compõem um manual. Depois foi a vez de elaborarmos o manual do
nosso jogo, enquanto as crianças iam falando eu ia direcionando e escrevendo
o manual no quadro.
MANUAL
DO JOGO ELABORADO PELAS CRIANÇAS DO 1° ANO:
JOGO DA ADIÇÃO E
SUBTRAÇÃO
META:
Ø RESOLVER
CORRETAMENTE A CONTA FORMADA
JOGADORES:
Ø 25 PARTICIPANTES
COMPONENTES:
Ø QUADRO DE PREGAS;
Ø FICHAS VERMELHAS COM NÚMEROS DE 0 A 10;
Ø FICHAS VERDES COM NÚMEROS DE 0 A 10;
Ø FIXAS LARANJAS NÚMEROS DE 0 A 20;
Ø FIXAS LILÁS COM OS CINAIS DE + (MAIS) E – (MENOS);
Ø FIXAS MARROM COM O SIMAL DE + (IGUAL);
Ø QUADRO DE PREGAS DE TNT.
REGRAS:
Ø FIXAR O QUADRO DE
PREGAS NA PAREDE;
Ø COLOCAR
AS FIXAS EM MONTES SEPARADOS POR COR NUMA MESA EM FRENTE AO QUADRO DE PREGAS;
Ø UM
PARTICIPANTE POR VEZ DEVE VIRAR UMA FIXA DE CADA MONTE E COLOCAR NO QUADRO DE
PREGAS MONTANDO A OPERAÇÃO MATEMÁTICA
Ø RESOLVER
A OPERAÇÃO E COLOCAR A RESPOSTA COM UM NÚMERO DAS FICHAS DE COR LARANJA.
Avaliação da
sequencia didática:
Confesso que no dia a dia meu
plano é bem mais sucinto, não é tão detalhado e separado por objetivos gerais
e específicos e etc. A meu ver a falta de tempo e o gasto de energia para
colocar tudo no papel tornam-se inviável na nossa prática. Senti muita dificuldade
para separar os objetivos de ensino e os objetivos de aprendizagem, não sei
se os coloquei no lugar certo.
Mas fiquei muito feliz ao ver que mesmo não
detalhando tudo no papel como fiz nesta sequencia, meus planejamentos e
prática, preservam e garantem os direitos de aprendizagem das áreas dos
conhecimentos. No entanto para que em nosso dia a dia possamos planejar mesmo
que de maneira mais sucinta (me refiro ao que colocamos no papel), temos que
conhecer os direitos de aprendizagem para que nossa prática não fuja dos
objetivos necessários. Pretendo ainda retomar o manual elaborado pela turma e
realizar algumas atividades relacionadas à alfabetização.
"pois em ti está o manancial da vida; na tua
luz vemos a luz."
(Salmos 36:9)
Marcadores: matemática, PNAIC
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