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26 de out. de 2013

ALGUMAS SUGESTÕES PARA A ALFABETIZAÇÃO

ALGUMAS SUGESTÕES PARA 
A ALFABETIZAÇÃO

                A criança desde muito pequena, aprende a reconhecer com facilidade nome de pessoas, animais, objeto de seu ambiente familiar, isto é, reconhece substantivos. Um procedimento natural será o de iniciar o processo da leitura com estes substantivos envolvidos em idéias conhecidas, significativas, concretizáveis, permitindo sua exploração através dos sentidos – ver – ouvir – falar – tocar – cheirar – experimentar.
                Nos primeiros anos de escolaridade da criança, o professor deve insistir, pelo menos, em dois aspectos, o treino e a formação de hábitos concretos de leitura. Por esse motivo, o que tivermos à disposição, deve ser aproveitado para incentivar a criança ler.
·              Avisos e ordens, que comumente são expressos em voz alta, podem ser escritos.
·              Saudações, reforços, perguntas que podem ser escritas em cartazes ou também no quadro de giz.
·              A criança identifica tudo o que há na sala de aula. Nomeia-as.
·              O professor, após identificação, explica que todos estes nomes podem ser escritos e lidos.
·              Junto às crianças, escreve em fichas o nome das “coisas” que citaram. Exemplo: escreve lentamente a palavra porta. Lê a palavra e diz para as crianças indicando a porta: “isto é uma porta. E aqui lemos a palavra porta. Vamos colocar na porta?”. Faz o mesmo com outras palavras.
·              Colocar os nomes das crianças na classe ou no lugar de guardar o material. As crianças “se desenham” e o professor escreve o nome delas e os distribui de maneira que elas já comecem algumas relações como “meu nome começa que nem o da Tatiane”.
Para facilitar o acesso da criança ao livro, o professor deve:
·              Organizar um cantinho de leitura na sala de aula com gravuras e pequenos textos. Estimular para que a criança o freqüente, deixando-o manipular o material. O professor lê história no “canto” mostrando a ilustração e permitindo-lhe comentários, perguntas e complementações.
·               Motivar e criar espaços para a criança narrar fatos do cotidiano e registrar (o professor). Posteriormente o professor lê a “história” da criança.
·               Dramatizar cenas.
·               Modelar, recortar ou desenhar os personagens da história.
·               Visitar a biblioteca.
·               Escrever o que a criança diz de seus desenhos (estes, inclusive, podem servir como um recurso para a criança ler depois que já domina o mecanismo da leitura, podendo reescrever o que disse).
             A criança deve ser motivada a ler. Para que ela não perca o interesse, é preciso variar as estratégias apresentando a leitura de diferentes formas para evitar a memorização.
            Estas são apenas algumas sugestões as quais deverão ser desdobradas sob muitas outras formas, como já foi salientado, o importante é que a criança leia muito, treine o mecanismo da leitura, sem, no entanto, separar o mecanismo da interpretação e compreensão do que se está lendo.

Escrita 

                A escrita deve surgir do interesse e curiosidade da criança. E esta se manifesta pelo desejo que a criança tem de descobrir, reconhecer e a utilizar os sinais gráficos com que constantemente se depara. Inicialmente, surge a necessidade de decifrar o meio e de se apropriar dos símbolos (palavras – sinais – frases) e, posteriormente, quer utilizar deles reproduzindo-os.
                É importante que a criança saiba qual é o objetivo da escrita – “por que escrevemos?” A escrita é um sistema convencional utilizado pelo homem com a finalidade de se comunicar entre si, registrar suas descobertas, suas histórias e suas idéias e pensamentos. É um meio de expressão e conservação de idéias e pensamentos. E é assim que deve ser encarada. A escrita só tem valor educativo quando a criança já souber o que está escrevendo.
                Muitos pais e professores apressam-se em ensinar a escrita sem se preocupar se realmente aquilo que a criança escreveu foi dominado e compreendido por ela. Educadores querem ver um caderno bonito, com bastantes coisas escritas. E, quando a criança não consegue fazer “aquela” tão almejada letra bonita (o que é muito natural que aconteça, quando a criança não está madura para esta atividade) apressam-se em apresentar-lhe o famoso caderno de caligrafia, onde a saturam, obrigando-a a preencher linhas com palavras vazias de significado e isoladas do processo. 

COMPOSIÇÃO CRIADORA 

                Nas séries iniciais, o professor deve estar preocupado em preparar a criança para desenvolver a habilidade de leitura e redação que é a construção de pensamento oral ou escrita. E assim a criança estará desenvolvendo a habilidade de pensar com lógica, objetividade e clareza.
                A composição escrita na alfabetização deve levar a criança a sentir necessidade de expressar seu pensamento espontaneamente como o faz na sua vida diária. Assim antes mesmo da criança dominara escrita, pode ser iniciada na composição. Para tanto, o professor proverá atividades que levem a criança a desejar ver expresso seu pensamento por escrito. Num primeiro momento o professor escreverá o que o aluno ditou e finalmente lerá o que foi escrito. Na segunda fase a criança estará lendo e copiando, numa terceira fase a criança fará suas próprias composições.
                Segundo Eglê Franche a “técnica de redigir deve se iniciar na alfabetização, partindo das experiências dos alunos”. A criança ao entrar para a escola,traz consigo uma bagagem cultural e vivêncial consolidadas em seu meio, que na realidade é desprestigiada e “podadas asas” de sua criatividade, que normalmente acontece nas aulas de comunicação e expressão especialmente nas de redação, em que são propostos temas ou títulos distantes da realidade do aluno.
            Um procedimento comum nas salas de aulas é fazer com que os alunos só escrevam palavras “já dominadas”, isto é, cuja forma ortográfica se supõe que eles conheçam. Isso faz com que grande parte dos alunos, ao escreverem, quase não cometam erros ortográficos (quando erram é, em geral por distração). Entretanto, isso faz também com que os alunos não possam se exprimir livremente, tendo de escrever frases e até histórias usando apenas palavras já dominadas.
                Diante disso, surgem aquelas redações que nada mais são que um conjunto de frases desconexas, às vezes até um número de linhas pré-fixadas pela professora. Salva-se a ortografia das palavras, mas passa-se ao aluno a terrível idéia de que escrever é simplesmente combinar palavras cuja ortografia se conhece. O texto como expressão lingüística do pensamento fica assim deturpado ao se aprender a escrever. Reforçam essa idéia os textos das cartilhas que também são elaboradas com palavras já estudadas antes. Dessa forma revela um método mecanicista de aprendizagem que dispensa a reflexão do aluno e inibe a curiosidade e a procura da novidade ao tratar a escrita.
                Uma outra estratégia de ensino, e muito melhor é admitir que os alunos, no início, sabem falar, muito bem,  sua língua e a usam com propriedade, e que, portanto, tal capacidade, pode e deve ser transportada diretamente para a escrita. Aconteceu, porém, que isso esbarra numa dificuldade que é a forma ortográfica imprevisível de muitas palavras que os alunos nunca estudou. Contudo, se os alunos, após os primeiros contatos com o alfabeto e com algumas famílias de letras e a escrita de umas poucas palavras forem estimulados a escrever suas histórias espontaneamente, guiados pela semântica, pelo enredo e tentando escrever as palavras que precisa segundo as possibilidades de uso das palavras ou letras no sistema ortográfico da língua, certamente irão cometer erros de ortografia, mas passarão suas habilidades falantes aos textos escritos. Obviamente se pedirá também que cuidem da ortografia mas que não se amedrontem ao escrever se não souberem, porque é possível escrever português, por exemplo, sem ser na forma ortográfica.            
                Esses alunos vão perceber logo que a ortografia é algo diferente do simples ato de escrever palavras do português e que pára se sair bem ou se sabe como escrever ortograficamente uma palavra, ou se pergunta.  Cada tentativa pode produzir escrita, mas não necessariamente a forma ortográfica. Esses procedimentos ajuda a auto-correção dos alunos, estimula a curiosidade pelas formas ortográficas sem trazer frustrações e faz com que os alunos expressem por escrito textos, lingüístico e literariamente perfeitos.

             A iniciativa do professor no sentido de variar as estratégias para a obtenção de recursos para ampliação dos conhecimentos trazidos pelas crianças é de suma importância, pois esse trabalho de leitura e escrita na alfabetização não é fácil, ao passo que trabalhamos com crianças oriundas de realidades diferentes. Mas é um trabalho gratificante.

            O ensino da leitura e da escrita, embora tendo sido trabalhado separadamente neste trabalho, é realizado simultaneamente. Não há como separar a leitura da escrita na aprendizagem.



As particularidades das escritas silábico-alfabéticas

A evolução da escrita silábico-alfabética para a alfabética é repleta de especificidades.
Conhecê-las é fundamental para avaliar adequadamente o desenvolvimento dos alunos e melhor ajudá-los a avançar
Imagine-se numa sala de concertos, apreciando uma orquestra, com violinos, trombones, violoncelos e flautas, entre outros instrumentos. Você seria capaz de distinguir entre os sons produzidos pelos de sopro e os de corda? A maioria dos leigos em música considera isso difícil. Da mesma forma, identificar os sons que compõem uma sílaba é uma tarefa complexa para os alunos que estão na transição da hipótese de escrita silábica para a silábico-alfabética. Essa analogia foi feita pela psicolinguista argentina Emilia Ferreiro, que sintetizou as conclusões a que chegaram pesquisadores por ela orientados no recente artigo A Desestabilização das Escritas Silábicas: Alternâncias e Desordem com Pertinência.
Análises de escritas de crianças como Maria, 5 anos, foram a base da pesquisa da argentina Claudia Molinari. Desafiada a escrever sopa, a menina produz primeiramente uma escrita silábica: OA. Insatisfeita com a quantidade de letras - já que nessa fase a maioria das crianças acredita que sejam necessárias no mínimo três para garantir uma escrita legível -, elas acrescenta SP. O resultado final é OASP. "Todas as letras da palavra estão ali, mas em desordem (...). O que Maria produz é duas escritas silábicas justapostas", pontua Emilia.
           Em outra etapa do estudo, ela observou crianças realizando a tarefa de escrever consecutivamente uma mesma lista, primeiramente com lápis e papel e, em seguida, no computador. Focou a análise, portanto, em pares de palavras, o que evidenciou produções intrigantes, como as de Santiago, 5 anos. No caderno, ele representa soda como SA e na tela como OD. Salame vira SAM no papel e ALE na tela. Apesar de conhecer todas as letras de soda e de salame, ele não as coloca juntas. O fenômeno, explica Emilia,
é chamado de alternâncias grafofônicas.

Soluções curiosas como a de Maria e Santiago já haviam sido observadas pela pesquisadora mexicana Graciela Quinteros. Ela notou que crianças com hipótese silábica usavam algumas letras com três funções específicas - não correspondentes ao som da sílaba propriamente dito:

Recheio gráfico Para separar vogais iguais ou preencher um espaço dentro da palavra ou no fim dela.
A   PAE A
água

AMOA
maçã 
Curinga Como substituta de uma sílaba ou de uma consoante que a criança não sabe grafar. A mesma letra aparece como curinga em várias palavras. 
OMAB
tomate

ABCI
caqui 
Nome da sílaba Para escrever uma sílaba inteira. É comum o uso do K para CA e do H para GA. 
BIHDRO
brigadeiro
KSA
casa
Alternância grafo fônicas, escrita silábicas justaposta, usa de letras como recheio gráfico, curinga e substitutas de uma sílaba. As sofisticadas soluções são usadas pelos que estão saindo da hipótese silábica com valor sonoro convencional e construindo uma silábico-alfabética. A informação tem grande valor para o trabalho de professores como
 Danielle Araujo, da EMEF Madalena Caltabiano Salum Benjamim, em Pindamonhangaba, a 146 quilômetros de São Paulo, e da EMEF Professor Ernani
Giannico, em Tremembé, a 135 Quilômetros da capital paulista.

Para não confundir esses avanços com retrocessos, ela procura fazer avaliações criteriosas. Esse é um ponto crucial, já que aparentemente a escrita dos silábicos é mais estável e fácil de interpretar, diferentemente da dos silábico-alfabéticos. “Quando estudei o artigo da Emilia sobre desordem e alternâncias, passei a ver coisas que antes não via”.
" Para conseguir enxergar e distinguir as peculiaridades dos silábicos-alfabéticos,       Danielle se vale das sondagens individuais.

Ao identificar que o estudante está nessa fase intermediária entre a hipótese silábica e a conquista da base alfabética, como fazê-lo avançar? "É preciso criar situações didáticas que favoreçam a reflexão sobre o sistema alfabético de escrita, levando-o a analisar o interior das sílabas", explica. Isso é útil quando ele se depara com palavras que começam e terminam com a mesma letra. Para identificar a que procura, a criança tem de analisar as letras do meio. O trabalho de Danielle se desdobra com Laiane de Oliveira, do 4º ano, que tem deficiência intelectual. Para que ela aprenda a ler e escrever, a professora flexibiliza as atividades (leia o quadro na próxima página).
Os erros mais comuns:
- Perguntar à criança "que letra está faltando?". Se ela soubesse, já teria colocado. O melhor é pedir que leia o que escreveu para que ela mesma decida por alguma alteração.

-
Pedir que o aluno ouça o som da sílaba. O problema não é de audição, mas de concepção de escrita. Daí a importância de compreender como ele está pensando.

- Não orientar os estudantes por achar que eles devem construir a escrita sozinhos. É preciso oferecer a todos informações sobre a grafia das palavras, além de sugerir a eles fontes escritas e a troca com os colegas.

Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/particularidades-escritas-silabico-alfabeticas-683014.shtml

MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO

MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO



Métodos de Alfabetização-Quais são e como funcionam?


 



O melhor método para a alfabetização é um discussão antiga entre os especialistas no assunto e também entre os pais quando vão escolher um escola para seus filhos começaram a ler as primeiras palavras e frases. No caso brasileiro, com os elevados índices de analfabetismo e os graves problemas estruturais na rede pública de ensino, especialistas debatem qual seria o melhor método para revolucionar, ou pelo menos, melhorar a educação brasileira. Ao longo das décadas, houve uma mudança da forma de pensar a educação, que passou de ser vista da perspectiva de como o aluno aprende e não como o professor ensina.


São muitas as formas de alfabetizar e cada uma delas destaca um aspecto no aprendizado. Desde o método fônico, adotado na maioria dos países do mundo, que faz associação entre as letras e sons, passando pelo método da linguagem total, que não utiliza cartilhas, e o alfabético, que trabalha com o soletramento, todos contribuem, de uma forma ou de outra, para o processo de alfabetização.



Qual é o melhor método?

Neste artigo, você vai conhecer os métodos de alfabetização mais utilizados, como funcionam, quais são as vantagens e desvantagens de cada um deles, além da orientação dos Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua Portuguesa, adotados pelo governo federal.

A proposta deste artigo não é apontar o melhor método de alfabetização, até porque os educadores e especialistas não têm um consenso sobre o tema. Pretendemos apenas mostrar as características de cada método para que os pais conheçam mais profundamente o método que está sendo aplicado na educação de seus filhos.


Método Sintético

O método sintético estabelece uma correspondência entre o som e a grafia, entre o oral e o escrito, através do aprendizado por letra por letra, ou sílaba por sílaba e palavra por palavra.

Os métodos sintéticos podem ser divididos em três tipos: o alfabético, o fônico e o silábico. No alfabético, o estudante aprende inicialmente as letras, depois forma as sílabas juntando as consoantes com as vogais, para, depois, formar as palavras que constroem o texto.

No fônico, também conhecido como fonético, o aluno parte do som das letras, unindo o som da consoante com o som da vogal, pronunciando a sílaba formada. Já no silábico, ou silabação, o estudante aprende primeiro as sílabas para formar as palavras.

Por este método, a aprendizagem é feita primeiro através de uma leitura mecânica do texto, através da decifração das palavras, vindo posteriormente a sua leitura com compreensão.

Neste método, as cartilhas são utilizadas para orientar os alunos e professores no aprendizado, apresentando um fonema e seu grafema correspondente por vez, evitando confusões auditivas e visuais.

Como este aprendizado é feito de forma mecânica, através da repetição, o método sintético é tido pelos críticos como mais cansativo e enfadonho para as crianças, pois é baseado apenas na repetição e é fora da realidade da criança, que não cria nada, apenas age sem autonomia.


• Método Analítico

O método analítico, também conhecido como “método olhar-e-dizer”, defende que a leitura é um ato global e audiovisual. Partindo deste princípio, os seguidores do método começam a trabalhar a partir de unidades completas de linguagem para depois dividi-las em partes menores. Por exemplo, a criança parte da frase para extrair as palavras e, depois, dividi-las em unidades mais simples, as sílabas.

Este método pode ser divido em palavração, sentenciação ou global. Na palavração, como o próprio nome diz, parte-se da palavra. Primeiro, existe o contato com os vocábulos em uma sequência que engloba todos os sons da língua e, depois da aquisição de um certo número de palavras, inicia-se a formação das frases.

Na sentenciação  a unidade inicial do aprendizado é a frase, que é depois dividida em palavras, de onde são extraídos os elementos mais simples: as sílabas. Já no global, também conhecido como conto e estória, o método é composto por várias unidades de leitura que têm começo, meio e fim, sendo ligadas por frases com sentido para formar um enredo de interesse da criança. Os críticos deste método dizem que a criança não aprende a ler, apenas decora.


Método Alfabético

Um dos mais antigos sistemas de alfabetização, o método alfabético, também conhecido como soletração, tem como princípio de que a leitura parte da decoração oral das letras do alfabeto, depois, todas as suas combinações silábicas e, em seguida, as palavras. A partir daí, a criança começa a ler sentenças curtas e vai evoluindo até conhecer histórias.

Por este processo, a criança vai soletrando as sílabas até decodificar a palavra. Por exemplo, a palavra casa soletra-se assim c, a, ca, s, a, sa, casa. O método Alfabético permite a utilização de cartilhas.

As principais críticas a este método estão relacionadas à repetição dos exercícios, o que o tornaria tedioso para as crianças, além de não respeitar os conhecimentos adquiridos pelos alunos antes de eles ingressarem na escola.
O método alfabético, apesar de não ser o indicado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, ainda é muito utilizado em diversas cidades do interior do Nordeste e Norte do país, já que é mais simples de ser aplicado por professores leigos, através da repetição das Cartas de ABC, e na alfabetização doméstica.



• Método Fônico

O método fônico consiste no aprendizado através da associação entre fonemas e grafemas, ou seja, sons e letras. Esse método de ensino permite primeiro descobrir o princípio alfabético e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico próprio de sua língua, através de textos produzidos especificamente para este fim.

O método é baseado no ensino do código alfabético de forma dinâmica, ou seja, as relações entre sons e letras devem ser feitas através do planejamento de atividades lúdicas para levar as crianças a aprender a codificar a fala em escrita e a decodificar a escrita no fluxo da fala e do pensamento.

O método fônico nasceu como uma crítica ao método da soletração ou alfabético. Primeiro são ensinadas as formas e os sons das vogais. Depois são ensinadas as consoantes, sendo, aos poucos, estabelecidas relações mais complexas. Cada letra é aprendida como um fonema que, juntamente com outro, forma sílabas e palavras. São ensinadas primeiro as sílabas mais simples e depois as mais complexas.

Visando aproximar os alunos de algum significado é que foram criadas variações do método fônico. O que difere uma modalidade da outra é a maneira de apresentar os sons: seja a partir de uma palavra significativa, de uma palavra vinculada à imagem e som, de um personagem associado a um fonema, de uma onomatopéia ou de uma história para dar sentido à apresentação dos fonemas. Um exemplo deste método é o professor que escreve uma letra no quadro e apresenta imagens de objetos que comecem com esta letra. Em seguida, escreve várias palavras no quadro e pede para os alunos apontarem a letra inicialmente apresentada. A partir do conhecimento já adquirido, o aluno pode apresentar outras palavras com esta letra.

Os especialistas dizem que este método alfabetiza crianças, em média, no período de quatro a seis meses. Este é o método mais recomendado nas diretrizes curriculares dos países desenvolvidos que utilizam a linguagem alfabética.

A maior crítica a este método é que não serve para trabalhar com as muitas exceções da língua portuguesa. Por exemplo, como explicar que cassa e caça têm a mesma pronúncia e se escrevem de maneira diferente?
por: Por Christianne Visvanathan
FONTE: http://mundinhodacrianca.blogspot.com.br
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Gutierrez, Francisco. Linguagem Total - Uma pedagogia nos meios de comunicação. São Paulo: Summus Editorial, 1994.
KRAMER, S. Alfabetização, leitura e escrita : formação de professores em curso. Rio de Janeiro:Escola de Professores, 1995.
SMOLKA, A.L. A criança na fase inicial da escrita. São Paulo:Cortez, 1988.
SOARES, M.B. Linguagem e escola. São Paulo: Ática, 1988.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo:Martins Fontes, 1989.
RUSSO, M.F.VIAN, Maria I. Alfabetização: um processo em construção. São Paulo: Saraiva, 1996.
FONTE: http://pessoas.hsw.uol.com.br/metodo-de-alfabetizacao.htm


MINICURSO

TEMA: Falando de Alfabetização e Letramento no Ciclo da Alfabetização (1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental)




PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
 ALFABETIZAÇÃO NO TEMPO CERTO

Encontro de Formação da Equipe Regional do PIP Municipal

MINICURSO
TEMA: Falando de Alfabetização e Letramento no Ciclo da Alfabetização (1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental)  

   

1- OBJETIVOS:
1.1- Possibilitar à equipe regional do PIP Municipal a reflexão e o alinhamento sobre os conceitos de: alfabetização, letramento, organização do Ciclo da Alfabetização e a progressão continuada.
1.2-Identificar as vantagens e as limitações de cada método de alfabetização refletindo sobre pressupostos metodológicos importantes para a alfabetização e letramento.

1.3 – Apresentar os Cadernos “Orientações para a organização do Ciclo da Alfabetização” da SEE/MG, elaborados pelo CEALE.
1.4- Apresentar e discutir a Matriz Curricular do Ciclo da Alfabetização e sua importância para nortear o trabalho nos três primeiros anos do Ensino Fundamental.

2-  ORGANIZAÇÃO DO MINICURSO
Data:                                                                                         Duração: 4 horas

4- ATIVIDADES A SEREM REALIZADAS
1º momento - Duração: 45 minutos
TEMA: Discutindo conceitos de Alfabetização e Letramento e a importância do Ciclo da Alfabetização.

Dinâmica-Batata quente
Os cursistas participarão da dinâmica adaptada da” Batata quente”.
Uma caixinha contendo balas circulará pela sala de mãos em mãos ao som de uma música. Ao parar a música o participante que estiver com a caixinha pegará uma bala e deverá responder uma pergunta que será feita pelo coordenador do curso. O restante da turma, se necessário, poderá contribuir com a resposta.
 A cada pergunta realizada, depois de respondida pelo(s) participante(s), o coordenador apresentará em PowerPoint os conceitos de acordo com a proposta da SEE.
Segue-se com a música, fazendo a mesma sequência anterior, até serem discutidas as perguntas propostas.

Perguntas:

1 - O que é Alfabetização?
2 - O que é Letramento?
3 - O que é alfabetizar letrando?
4 - O que você entende por ambiente alfabetizador?
5 - Seu município adotou a organização em Ciclo? O que você entende por  Ciclo?
6 - O que é progressão continuada?
7 – A progressão continuada pode existir na organização em séries?
8 - Qual a meta prioritária do Ciclo da Alfabetização?
9 - Quais os objetivos previstos para serem alcançados no 1º ano Ciclo da Alfabetização?
10 - Quais os objetivos previstos para serem alcançados no 2º ano Ciclo da Alfabetização?
11 - Quais os objetivos previstos para serem alcançados no 3º ano Ciclo da Alfabetização?



2º momento - Duração: 45 minutos
TEMA: Conhecendo as possibilidades e os limites dos diferentes Métodos de Alfabetização.

Será feito em PowerPoint uma breve exposição dialogada sobre Pressupostos Metodológicos importantes para a alfabetização e letramento.


Em seguida será realizada atividade em dupla ou grupos (de acordo com o espaço disponibilizado) sobre as vantagens e limitações dos métodos tradicionais de alfabetização.

Desenvolvimento:
a) O facilitador deverá organizar a sala em dupla ou grupos numerados.
Importante: Cada grupo deverá eleger um representante que ficará responsável pela leitura da atividade, pela otimização do tempo e pela apresentação do trabalho.
b) O grupo receberá o organograma denominado “Métodos de Alfabetização” (Anexo III) que deverá ser preenchido na sequência correta.
c) Para o preenchimento correto do organograma, o grupo deverá ler as dicas que constam no Anexo I.
d) Deverá relacionar as dicas – Anexo I - com os itens que completam o organograma - Anexo II.
Observação: As letras do organograma devem corresponder às letras das dicas e encontrar resposta no Anexo II.
e) Após discussão, os participantes deverão preencher o Anexo III.
f) Após o trabalho em grupo, em plenária, o facilitador vai conduzir a construção do organograma, em PowerPoint, com a participação, de todos os grupos.
- Cada grupo (ou dupla) ficará responsável pela apresentação de dois ou mais itens na construção do organograma final.
- Cabe ao facilitador ressaltar as possibilidades de complementação dos aspectos deficitários da abordagem de cada método.



3º momento- Duração: 20 minutos
TEMA: Apresentação dos Cadernos “Orientações para a organização do Ciclo da Alfabetização” da SEE/MG, elaborados pelo CEALE.

Será feito em PowerPoint uma breve exposição da coleção, indicando o que cada caderno apresenta. Serão disponibilizados os cadernos para manuseio dos participantes.


4º momento - Duração: 1 hora e 40 minutos

Exposição dialogada apresentando a Matriz Curricular do Ciclo de Alfabetização (1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental):
- Apresentar a estrutura da matriz Curricular (trabalho com os eixos, capacidades e abordagem didática - introduzir, trabalhar, consolidar e retomar-)
- Discutir o detalhamento de algumas capacidades da Matriz Curricular.

- Refletir sobre a importância do entendimento, por parte do professor, de cada capacidade proposta para o Ciclo de Alfabetização (03 primeiros anos do Ensino Fundamental).

- Detalhar sobre a importância do trabalho articulado envolvendo os cinco eixos da Alfabetização.



Anexo I: Dicas de preenchimento do organograma

A
Corresponde ao item que nomeia o método que elege como unidade o fonema, ressaltando as relações diretas entre a cadeia sonora e a representação escrita.
B
Corresponde ao item que nomeia o método que toma como unidade mínima as sílabas e as reorganiza para compor novas palavras.
C
Corresponde ao item que nomeia o método que prioriza o ensino do alfabeto e a identificação de letra por letra para o reconhecimento de sílabas e palavras.
D
Corresponde ao item que nomeia o método que elege, como unidade, o texto, por considerá-lo uma unidade que leva à compreensão.
E
Corresponde ao item que nomeia o método que dá ênfase à palavra. Essas palavras são apreendidas globalmente e por reconhecimento e, posteriormente, são decompostas em sílabas.
F
Corresponde ao item que nomeia o método cuja unidade é a sentença que deve ser reconhecida globalmente e compreendida e, posteriormente, decomposta em palavras e  em sílabas.
G
Corresponde ao item que nomeia a vertente que valoriza o processo de síntese, ou seja, parte de unidades menores do que a palavra, como a letra, o fonema, a sílaba.
H
Corresponde ao item cujo nome é da vertente que valoriza o processo de análise e compreensão de sentido, propondo uma progressão diferenciada de unidades mais amplas (palavra, frase, texto) para unidades menores (sílabas ou sua decomposição em grafemas e fonemas).
I
Corresponde a 3 itens que  apresentam   as  vantagens dos Métodos Sintéticos.
J
Corresponde a 6 itens que  apresentam as limitações dos Métodos Sintéticos.
K
Corresponde a 4 itens que  apresentam   as vantagens dos Métodos Analíticos.
L
Corresponde a 4 itens que  apresentam as limitações dos Métodos Analíticos.


Anexo II: Itens que completam o organograma,




1
Estímulo para que as crianças possam ler unidades com sentido, mesmo que apenas pelo reconhecimento global, desde o início de sua escolarização.
13
Se não houver uma correta orientação, corre-se o risco de o aluno utilizar o recurso da memorização sem observar que as palavras são compostas de unidades menores.
2
ALFABÉTICO
14
Apresenta uma linguagem que se aproxima  mais de seu uso efetivo do que nos outros métodos, porque  não dissocia a forma do significado.
3
Demonstram rigidez no controle das aprendizagens e tendem a priorizar apenas a decodificação, com pouca      ênfase no sentido dos textos.
15
Se aplicado de forma absoluta, acaba enfatizando construções artificiais e repetitivas de palavras, frases e textos, apenas a serviço da repetição e da memorização, com o objetivo de manter controle mais rígido da sequência do processo e das formas de interação gradual da criança com a escrita.
4
Trabalham com uma habilidade muito importante na leitura: o reconhecimento global e rápido das palavras.
16
SINTÉTICO
5
GLOBAL DE CONTOS
17
Não exploram as complexas relações entre fala e escrita, suas semelhanças e diferenças.
6
Aborda uma dimensão importante e necessária para aprendizagem da escrita: análise entre fonemas (“sons” ou unidades sonoras) e grafemas (“letras” ou grupo de letras)
18
Oferece facilidade para a codificação e decodificação.
7
Se não houver uma correta orientação, pode dificultar a leitura com sentido, quando o texto apresentar palavras completamente novas.
19
SILÁBICO
8
ANALÍTICO
20
Se aplicado de forma absoluta, acaba enfatizando construções artificiais e repetitivas de letras, sílabas e fonemas, apenas a serviço da repetição e da memorização.
9
Ênfase na compreensão, no sentido e em ações inteligentes de busca de leitura como fonte de prazer e informação.
21
SENTENCIAÇÃO
10
Desconsidera os usos e funções sociais da escrita.
22
Promove o desenvolvimento da consciência fonológica.
11
PALAVRAÇÃO
23
Enfatiza a leitura mecânica, à medida que se ocupa de situações artificiais de treinamento de letras, fonemas ou sílabas.
12
Oferece como objeto de estudo elementos fonéticos, os quais, são destituídos de significados, podem levar o aluno ao desinteresse.
24

FÔNICO











DIA D 2014 SUGESTÕES

MENSAGEM: FALAR COM DEUS

MENSAGEM PARA REUNIÃO PEDAGÓGICA

FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR